Munduruku

Autoria anônima

Introdução aos Munduruku

Recursos

  1. Munduruku – ISA

Imagem: ‘We will fight to the end’

Os Munduruku são um povo guerreiro que mora nos estados de Pará, Amazonas e Mato Grosso.  Moram perto dos rios e na floresta.  De acordo com sua tradição oral, faziam deslocamentos sazonais.  Quando estavam perto dos rios, houve uma epidemia de sarampo e decidiram ficar.  O povo originalmente se chamava Wuy jugu, e o nome Munduruku é como eram chamados por um povo rival.  Munduruku significa “formigas vermelhas” porque é assim que pareciam quando os guerreiros atacavam outros povos.  

O povo Munduruku tem uma metade branca e uma metade vermelha, as duas com seus próprios clãs nomeados por elementos da natureza.  Uma pessoa da metade branca só pode se casar com uma pessoa da metade vermelha.  O site socioambiental.org diz que “O casamento preferencial é realizado com primos cruzados, o que significa que o rapaz ou a moça tendem a casar com a filha do irmão da mãe ou o filho da irmã do pai, respectivamente” (Organização social).  A religião original deles tem pajés que trabalham com ervas, fumaça e os espíritos.  Hoje praticam uma mistura desse sistema com catolicismo e protestantismo.  Outra parte da sua cultura era a casa dos homens, onde faziam rituais antes de caçar ou pescar.  Agora não têm as casas, mas ainda praticam rituais similares.  

A dieta dos Munduruku depende da estação.  Comem muito peixe durante a estação seca e mais frutas e carne de caça na estação de chuva.  O site socioambiental.org diz que “Os cultivos mais presentes são os diferentes tipos de mandioca, bananas, batatas, cana e cará” (Sistema produtivo).  Para ganhar dinheiro, fazem a produção de farinha e coleta de castanha.  Compram coisas como sal, café, açúcar e roupa.  Seu território tem outros recursos também.  O uso das seringueiras para fazer e vender borracha foi uma indústria muito grande durante a colonização da região, mas agora a borracha natural não vale muito.  Tem muito ouro no seu território, mas o povo tem mais interesse na preservação dos recursos que na exploração.  

Os Mundruku tomam parte do ativismo indígena.  De acordo com socioambiental.org, “participaram da segunda Assembléia de Chefes Indígenas realizada no Brasil, que aconteceu em maio de 1975, na aldeia Missão Cururu” (Organizações indígenas).  Formaram sua própria organização em 1991 que se chama Associação Indígena Pusuru.  Os focos da organização incluiam a preservação do meio ambiente, a educação, a saúde, e em geral como melhorar a comunidade.  Depois de formar esta organização, decidiram que precisavam de um grupo mais político, e formaram o Conselho Indígena Munduruku do Alto Tapajós (CIMAT) com este objetivo.